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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Gastronomia brasileira


A História
A gastronomia brasileira é variada, devido à extensão territorial e à formação étnica, basicamente indígena, africana e portuguesa, com influências das correntes migratórias, na região litorânea, e
hispano-americanas, nas fronteiras.
Toda culinária é formada por cozinhas regionais.

No Brasil as influências foram muitas e a partir delas apareceram adaptações e variações, como a
cozinha sertaneja, nordestina, caipira, tropeara, mineira, gaúcha, da fazenda e outras.
Estar a escrever sobre a gastronomia de um país grande como o Brasil é difícil.

Antes da chegada dos europeus, já existiam moradores nessas terras e então as carnes consumidas eram as carnes do mato, ou seja, as caças (aves, macacos, antas, capivaras...) e os peixes. Não consumiam as aves aquáticas, por acreditarem que seu consumo os levaria a perder o vigor no nado.
O paladar dos índios estava bastante acostumado aos assados, estes de elaboração simples e às farinhas, saborosas e de produção minuciosa. Com elas, preparavam paçocas, que consistiam em carnes ou peixes moqueados , pilados com farinha de mandioca ou mesmo com farinha de milho; pirões (que corresponde a uma papa grossa), feitos com os caldos quentes de carnes ou peixes aos quais se adiciona farinha de mandioca; mingaus (para Plínio Airosa, mingaú é alimento moído, picado, desfeito, etc), é alimento em forma de papa ou sopa, ligeiramente cremoso.

Desde o descobrimento do Brasil em 1500 até os dias de hoje, teve muitos povos que vindos para o Brasil trouxeram muito de suas crenças, culturas e hábitos, que de certa forma misturaram
com a cultura indígena
Já no primeiro contacto, os portugueses se encantaram com a natureza, sua diversidade e um mundo novo que começava a se descortinar. Teve assim início ali mesmo, um intenso processo de interação sociocultural.
De Portugal trouxeram das regiões do Oriente, Índia, os condimentos (tempero)
que começou a ser usado pelos índios, localizado na cidade de Porto Seguro na Bahia. Trouxeram também presunto, vinho, pão, açúcar e etc. Trouxeram então seus hábitos alimentares já com suas influências com os orientais e a cultura negra.
A introdução de novos temperos - os toucinhos, os condimentos (alhos,
cebolas, cominho, cravo, erva-doce, noz moscada, gengibre, gergelim
(gergelim), salsa, canela, açafrão), o azeite doce e o vinagre - promoveu
outras possibilidades de processamento dos alimentos. Foram introduzidos os
guisados, alimentos cozidos nos molhos com refogados - frituras de alhos,
cebolas e outros condimentos no azeite ou na gordura, dando origem aos
nossos refogados (cozidos com carnes, batatas, legumes).
Aos guisados, acresceu-se a forma de temperar negro-africana com o baptismo do óleo de palma (azeite de dendê) e do leite de coco. Assim, chegamos às opções de cozidos de carnes, peixes e outros frutos do mar, que vão de simples caldeiradas às incrementadas moqueca baianas.
A doceria portuguesa, bastante desenvolvida e considerada na Europa, não tardou a aportar no Brasil e se adaptar. A introdução da cana-de-açúcar, e a produção do açúcar e derivados, possibilitou a adaptação dessa doceira ainda bem
cedo. As técnicas portuguesas de produção de doces (secos,
cristalizados, em calda/compotas, em barra, pastosos) e quitandas, aplicadas a uma tão grande diversidade de frutas e produtos, deram no correr dos séculos, uma doceira singular.
Aqui encontraram com abundância, uma fruta cheirosa e saborosa - a goiaba. A partir do processo de feitura das marmeladas, dos doces
para corte, não tardou a surgir nossa inconfundível goiabada cascão, que se transformou em recheio apreciado para bolos e tortas, e imbatível quando associada ao queijo fresco.
Para alternar com o uso frequente da farinha de mandioca, foi introduzido o arroz, de origem asiática, denominado arruz pelos árabes, que, segundo Cascudo, o plantaram na Península Ibérica, de lá sendo trazido para o Brasil. Passou a integrar a dieta do brasileiro, preparado com grande variação - arroz de cuchá, arroz com frango, com molhos, taipado, arroz carreteiro, baião de dois (arroz cozido no caldo de feijão), bolinho de arroz, cuscuz de arroz, arroz doce, com coco ou com melado.

Ao gosto especial dos índios pelas bebidas fermentadas, os portugueses juntaram os vinhos, as bebidas destiladas (as bagaceiras de uva ou de cana), e maceradas (licores).
A participação espanhola e portuguesa se confunde na sua semelhança, pois os dois países tiveram influência dos árabes.

Mas foram os alemães os primeiros a vir fundar colónias no sul do país, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, e também no Espírito Santo. O alemão não trouxe só a influência, mas um reforço de certas espécies que foram utilizados pelos portugueses, como a cerveja e as carnes salgadas e defumadas.

Entre 1860 e 1890 desembarcaram 974 mil italianos no Brasil e também trouxeram um gosto especial pelas massas com farinha de trigo, com os molhos densos e condimentos. Ninguém conseguiu mudar a alimentação italiana que acabou participando e muito na gastronomia brasileira.

Foi desde 1955 que iniciou o conceito de comer rápido e com as mãos. A comida japonesa é admirada no mundo devido ela a priorizar a apresentação dos pratos, e na simplicidade de
preparo dos alimentos, ela consegui combinar sabores e textura. Usa pouco tempero, e tudo deve ser feito na hora, e se usa só alimento resfriados e não congelados. A refeição japonesa
é feita com tempo para se liberar emoção.

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